Não quero continuar a sonhar acordada, a sonhar com o que não posso ter, não quero que me julguem por não ter. Quero ser forte e aceitar que algumas coisas não acontecem comigo e quero que os outros também percebam isso.
Não quero sentir o peso da comparação, não quero sentir que sou menos que os outros. Quero que me dêm valor pelo que sou e não pelo que deveria ser.
Não quero continuar a dar tudo pelo outros e sentir que não recebo tanto quanto dou ou por vezes mesmo nada. Quero que se importem comigo como me importo com os outros, quero que se lembrem de mim, só porque sim.
Não quero que me julguem sem me conhecer. Quero que me tentem conhecer antes de dizer se gostam ou não de mim.
Não quero continuar a sentir o que não devo, não quero deixar algumas coisas passar em claro. Quero ser mais egoísta, pensar em mim e ficar chateada quando é preciso.
Não quero ficar presa ao passado e às suas experiências, não quero agarrar-me ao futuro e às suas espectativas. Quero viver o presente sem pensar, quero aproveitar todos os momentos.
Não quero ficar marcada por coisas que me dizem e resentida por outras que não dizem. Quero esquecer os insultos e guardar os elogios. Quero ser equilibrada e ponderada e não me rebaixar ou elogiar de mais. “As minhas escolhas têm 50% de hipoteses de ser certas, tal como as de toda a gente”
Não quero que me continuem a desiludir. Quero que mantenham a sua palavra e levem o que se propõem a fazer até ao fim.
Não quero que me continuem a iludir e depois me matem as ideias. Quero continuar a empenhar-me em cada boa ideia, deixa-la crescer e ter quem me acompanhe na sua realização.
Não quero fartar-me das pessoas, não quero pôr em questão sentimentos. Quero gostar dos outros pelo que eles são, quero que gostem de mim pelo que eu sou.
Não quero perder mais tempo. Quero saber aproveitar as oportunidades e enfrentar os obstáculos com um sorriso na cara.
Não quero ter de pensar que não quero mais algo. Quero pensar apenas no que realmente quero, quero pensar que atingi o que preciso para ser feliz... Não quero não crer. Quero acreditar!
JEsteves, 26 de Maio de 2009.
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